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ConflitosIsrael

Ataque do Irão a Israel é "ameaça real"

jc | com agências
12 de abril de 2024

Casa Branca diz que leva a sério o compromisso de defesa a Israel e avisa que ataque do Irão é uma ameaça real. França aconselha os seus cidadãos a não viajar para a região.

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Soldados israelitas na Faixa de Gaza
Foto: Ohad Zwigenberg/AP/picture alliance

O governo norte-americano considera que um ataque iminente do Irão a Israel é uma ameaça real e viável. A inquietação foi expressa, esta sexta-feira (12,04), por John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, que não deu pormenores sobre um eventual calendário do referido ataque.

As ameaças de represálias do Irão contra Israel após um ataque na Síria, este mês, que matou dois generais iranianos, continuam a ser "reais", disse o porta-voz de Washington em declarações aos jornalistas. Kirby reiterou, segundo a agência Associated Press, que os Estados Unidos levam a sério os seus compromissos de defesa de Israel.

O porta-voz da Casa Branca acrescentou que os Estados Unidos estão a analisar a sua própria postura de força na região à luz da ameaça de Teerão e que estão a acompanhar a situação de perto.

Encontro entre o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant e o general Kurilla, dos EUA (Foto de arquivo)
Encontro entre ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e general Michael "Erik" Kurilla.Foto: Ariel Hermoni/Israel Mod/ZUMAPRESS.com/picture alliance

Presidente dos EUA, Joe Biden, também alertou na quarta-feira (10.04) que o Irão "ameaça lançar um ataque significativo contra Israel". Biden prometeu um apoio "firme" ao principal aliado regional de Washington, apesar das tensões diplomáticas sobre a conduta militar de Israel em Gaza.

Mais alertas

Depois da Rússia e da Alemanha, a França recomendou expressamente os seus cidadãos a que se abstenham de viajar ao Irão, Israel, Líbano e territórios palestinianos nos próximos dias. O aviso surge depois dos Estados Unidos terem lançado alerta de risco de retaliação iraniana a Israel nas próximas 24 ou 48 horas.

No entanto, Kirby não confirmou a informação de que as autoridades norte-americanas consideravam "iminente" um ataque iraniano, nem comentou se os Estados Unidos ajudariam a abater quaisquer mísseis iranianos disparados contra Israel. "Apenas diria que estamos a observar isto muito de perto", disse, acrescentando que Washington se certificaria de que os israelitas "têm o que precisam e que são capazes de se defender".

Israel diz estar pronto

Pouco depois destas declarações, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, garantiu que o seu país está "ombro a ombro" com os Estados Unidos, depois de se reunir com o chefe do Comando Central deste país (CENTCOM), general Michael "Erik" Kurilla.

O encontro, noticiado pela agência EFE, aconteceu na base militar de Hatzor, no centro de Israel, onde as duas partes discutiram os preparativos para o caso de um ataque iraniano que poderia desencadear "uma escalada regional".

"Os nossos inimigos acham que podem afastar Israel e os EUA, mas o oposto é verdadeiro: eles estão a unir-nos e a fortalecer os nossos laços", declarou Gallant, segundo um comunicado emitido pelo seu departamento no final da reunião. O titular da pasta da Defesa lembrou ainda que Israel está preparado para se defender por terra e ar em estreita cooperação com seus parceiros.

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